O que você deveria saber sobre Tabagismo

A simples queima do tabaco produz mais de 4.000 substâncias nocivas à saúde. Entre elas, as mais conhecidas são a nicotina e o monóxido de carbono, os maiores responsáveis pelos estragos produzidos pelo fumo no organismo humano.
A nicotina é a grande responsável pela dependência física. Ela eleva a pressão arterial, aumenta a frequência cardíaca além de causar constrição dos vasos sanguíneos, como foi dito, diminuindo o calibre das artérias e prejudicando a irrigação dos tecidos. O uso frequente do cigarro, portanto, agrava progressivamente a hipertensão e prejudica a circulação nos órgãos vitais do organismo. O monóxido de carbono, por sua vez, é produzido pela combustão de substâncias orgânicas. Absorvido pelo organismo, ele ocupa, nos glóbulos vermelhos, o espaço do oxigênio. Assim, fica reduzida a presença do oxigênio nos tecidos, uma deficiência conhecida como hipóxia. Além disso, o monóxido de carbono agride a parede da artéria, abrindo caminho para a formação de placas de ateroma, o que acelera o processo de aterosclerose.
O monóxido de carbono ainda aumenta a viscosidade sanguínea, o que leva a formação de trombos, obstruindo as artérias. O conjunto desses fatores pode resultar em acidente vascular cerebral, infartos, gangrena, aneurisma, etc.

Por que você fuma?

Se sabe que o vício lhe faz mal, se está consciente do estrago que está provocando em si, por que continua absorvendo fumaça?
O hábito de fumar geralmente está ligado a problemas emocionais. São mecanismos complexos que, uma vez acionados, levam à dependência física e psíquica do cigarro. Pela dependência física, o individuo sente falta do cigarro como acontece com as drogas. O cigarro, aliás, é uma droga. O organismo já se acostumou com o veneno e não consegue ficar sem ele. A dependência psíquica explica-se pelo condicionamento ao hábito, como no cafezinho que lembra o cigarro, da mesma forma como a visão do alimento saboroso provoca salivação.

O fumante passivo

Está comprovado: filhos de pais fumantes, em idade pré-escolar, chegam a apresentar três vezes mais problemas pulmonares do que as demais crianças. Infecções respiratórias são nitidamente mais frequentes nas crianças de baixa idade que crescem em ambientes onde se fuma. E os adolescentes, além de imitarem os pais nesse hábito, muitas vezes inalam passivamente o suficiente para se tornarem dependentes do vício. Por isso é mais frequente encontrar jovens fumantes entre os filhos de pais viciados. Mais: crianças alérgicas têm seus problemas acentuados pela presença do fumo no ambiente em que vivem.

Vida curta

As doenças causadas pelo tabagismo e a dependência química matam, em média, oito brasileiros por hora, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O prêmio para quem larga o cigarro é, em média, oito anos a mais de vida. E, melhor, uma vida com muito mais qualidade, já que fumante tende a ter problemas crônicos cedo. Mas não adianta sentir um ímpeto e jogar o maço na lixeira. Só a minoria absoluta dos fumantes dá adeus ao cigarro sem olhar para trás e… pegar o maço de volta. Os especialistas que trabalham com programas para atender dependentes de nicotina concordam: é preciso planejamento, antes de mais nada.

Sugestões para deixar de fumar

É importante que o fumante esteja disposto a:
1- preparar-se para solucionar seus problemas;
2 – estimular habilidades para resistir as tentações de fumar;
3 – prevenir-se para a recaída;
4 – preparar-se para lidar com o estresse;
5 – incluir uma dieta alimentar para não engordar.

Dez mandamentos para abandonar o cigarro:

I. Marque uma data e pare completamente nesse dia;
II. Conte a todas as pessoas que parou de fumar. Isso ajuda na hora que vem a tentação de acender um cigarro;
III. Encare cada dia como um novo desafio. Cada manhã é o início de uma barreira que precisa ser ultrapassada. Um dia sem fumar é uma etapa vencida.
IV. Identifique os momentos do dia em que o desejo de fumar é mais intenso. Nessa hora, ocupe as mãos com alguma atividade, mesmo que seja uma simples brincadeira com um lápis, uma bola de borracha, etc.
V. Faça um bom uso do cinzeiro: coloque nele, todos os dias, o dinheiro que gastaria na compra do cigarro.
VI. Pense positivamente, como um não fumante. Se alguém lhe oferecer a tentação, resista: “obrigado, eu não fumo”.
VII. Controle o impulso e a vontade de dar uma tragada pensando na dificuldade que teve para parar de fumar. Lembre-se do que já conquistou e o que estará perdendo se voltar a fumar. E se a primeira tentativa de parar de fumar não deu certo, é importante não desanimar e tentar de novo.
VIII. Pratique exercícios físicos, mas nunca sem orientação médica. Você pode substituir o vício pelo prazer de caminhar, pedalar, nadar…
IX. Procure orientação médica, o êxito para deixar o cigarro aumenta com sua ajuda.
X. Milagre não existe. O que existe é força de vontade.

Recidiva, não desanime!

Estresse e tentativa de reduzir a angústia trazida pela falta do cigarro estão entre os motivos mais frequentes que levam o fumante de volta à dependência.
O ex-fumante não pode matar a saudade pedindo cigarro a um amigo, ainda que anos depois. Bastam poucas tragadas para o cérebro retomar as reações de dependência.
O mais importante é não desistir!

Para mais informações:

Consulte um médico de sua confiança e acesse os links abaixo:

Instituto Nacional de Câncer

Tabagismo Online

HU-USP – Anti Tabagismo

**Os textos publicados no site têm o objetivo de informar e não substituem a consulta médica.**

**Adaptação de artigos da American College of Physicians**

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