Causas comuns da incontinência urinária: Fatores de risco e prevenção

Postado em: 14/10/2024

Causas comuns da incontinência urinária Fatores de risco e prevenção

A Incontinência Urinária pode afetar seu dia a dia, gerando desconforto e limitando atividades. Quando o controle da bexiga é perdido, o vazamento de urina ocorre de forma involuntária, comprometendo sua qualidade de vida.

O sistema urinário – que inclui rins, ureteres, bexiga e uretra – é responsável por eliminar os resíduos do corpo. Quando tudo funciona bem, você consegue decidir quando urinar, sem vazamentos. Porém, problemas nesse sistema podem levar à incontinência, que tem diversas origens ao longo da vida.

Embora o risco aumente com a idade, a incontinência não é inevitável. Existem tratamentos eficazes que ajudam a controlar a condição, permitindo uma vida ativa. Continue lendo para descobrir as causas, fatores de risco e formas de prevenção!

O que causa a incontinência?

A incontinência urinária pode surgir de diferentes hábitos cotidianos, condições médicas ou problemas físicos. Uma avaliação médica completa é essencial para identificar a causa específica e direcionar o tratamento adequado.

Como geriatra, meu objetivo é ajudá-lo a entender sua condição para que possamos encontrar juntos soluções eficazes.

Incontinência urinária temporária

Você sabia que certos alimentos, bebidas e até medicamentos podem afetar o funcionamento da sua bexiga? Bebidas como álcool e cafeína, assim como adoçantes artificiais e alimentos ácidos, podem atuar como diuréticos, aumentando a produção de urina e provocando vazamentos.

Medicamentos para pressão arterial, sedativos e altas doses de vitamina C também podem contribuir para episódios de incontinência urinária temporária.

A incontinência também pode ser desencadeada por condições tratáveis, como:

  • Infecção do trato urinário: infecções podem irritar a bexiga, causando um desejo urgente de urinar e, em alguns casos, incontinência;
  • Constipação: o reto está localizado próximo da bexiga e compartilha alguns dos mesmos nervos. Fezes duras e compactas podem pressionar esses nervos, aumentando a necessidade de urinar.

Incontinência urinária persistente

A incontinência urinária pode ser persistente, provocada por problemas ou alterações físicas, como:

  • Gravidez: mudanças hormonais e o peso do feto podem gerar incontinência de esforço;
  • Parto: o parto vaginal pode enfraquecer os músculos da bexiga e danificar nervos e tecidos de suporte, levando ao prolapso do assoalho pélvico;
  • Envelhecimento: o músculo da bexiga perde capacidade de armazenamento e aumenta as contrações involuntárias com a idade;
  • Menopausa: a redução do estrogênio enfraquece o revestimento da bexiga e uretra, agravando a incontinência;
  • Próstata aumentada: em homens mais velhos, a hiperplasia prostática benigna pode desencadear incontinência;
  • Câncer de próstata: costuma causar incontinência como efeito colateral do tratamento ou pela própria condição;
  • Obstrução: tumores ou pedras na bexiga bloqueiam o fluxo de urina, gerando incontinência por transbordamento;
  • Distúrbios neurológicos: doenças como esclerose múltipla, Parkinson e AVC afetam os sinais nervosos que controlam a bexiga.

Fatores de risco

Alguns fatores que aumentam o risco de incontinência urinária:

  • Gênero: mulheres são mais propensas à incontinência de esforço, enquanto homens têm maior risco de incontinência relacionada à próstata;
  • Idade: o envelhecimento enfraquece os músculos da bexiga e uretra;
  • Excesso de peso: a pressão adicional sobre a bexiga aumenta o risco de vazamentos;
  • Tabagismo: o fumo está associado a um maior risco de incontinência;
  • Histórico familiar: ter parentes com incontinência, especialmente de urgência, aumenta o risco;
  • Doenças: condições neurológicas ou diabetes também elevam o risco.

Tratamento

O tratamento da incontinência urinária depende do tipo, gravidade e causa subjacente. O primeiro passo é tratar qualquer condição que esteja contribuindo para os seus sintomas. Meu foco é entender o quadro completo para encontrar a abordagem mais adequada para você.

Costumo começar pelos tratamentos menos invasivos, avançando para opções mais intensivas conforme necessário. Aqui estão algumas das estratégias mais comuns: 

  • Mudanças de hábitos: limitar líquidos à noite, evitar bebidas diuréticas (cafeína e álcool) e ir ao banheiro em intervalos regulares para esvaziar a bexiga antes que fique cheia;
  • Exercícios do assoalho pélvico: conhecidos como exercícios de Kegel, ajudam a fortalecer os músculos que suportam a bexiga. Eles são especialmente eficazes para mulheres com incontinência após o parto;
  • Terapia comportamental: inclui técnicas para treinar a bexiga a segurar mais urina, aumentando gradualmente os intervalos entre as idas ao banheiro;
  • Estimulação elétrica: ajuda a fortalecer o assoalho pélvico quando os exercícios convencionais não são suficientes;
  • Medicamentos: relaxam a bexiga ou aumentam sua capacidade, sendo mais indicados para incontinência de urgência;
  • Dispositivos médicos: dispositivos vaginais para mulheres e cateteres intermitentes para incontinência por transbordamento;
  • Cirurgia: se os tratamentos menos invasivos não forem eficazes, opções cirúrgicas podem ser consideradas, como reposicionamento da bexiga ou implante de dispositivos para melhorar o controle urinário.

Prevenção

Embora nem sempre seja possível prevenir a incontinência urinária, algumas medidas ajudam a reduzir o risco:

  • Mantenha um peso saudável;
  • Pratique exercícios do assoalho pélvico;
  • Evite irritantes da bexiga, como cafeína, álcool e alimentos ácidos;
  • Coma mais fibras, o que pode prevenir a constipação, uma causa da incontinência urinária;
  • Não fume ou procure ajuda para parar se você for fumante.

Quer entender melhor como prevenir a incontinência urinária e melhorar sua qualidade de vida? Agende sua consulta comigo hoje mesmo e vamos juntos encontrar soluções eficazes!

Dr. Mário Luiz Brusque
Geriatra e Clínico Geral
CRM-SP: 117208 | RQE: 30436 | 30435

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