Causas do Alzheimer: Fatores de risco e prevenção
Postado em: 28/10/2024
A Doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral progressivo que afeta a memória, dificulta a realização de tarefas diárias, causa desorientação e traz desafios crescentes para o autocuidado.
Embora a causa exata do Alzheimer ainda não seja totalmente conhecida, sabemos que é mais comum em pessoas com mais de 65 anos, especialmente aquelas com histórico familiar da doença. Por isso, a detecção precoce é fundamental para um manejo mais eficaz dessa condição.
Se você suspeita que alguém próximo, ou até você mesmo, esteja apresentando sinais do Alzheimer, é importante buscar a orientação de um geriatra. Embora não tenha cura, tratamentos específicos podem aliviar os sintomas e retardar sua progressão, garantindo mais qualidade de vida.
Hoje vou ajudá-lo a entender as causas, reconhecer os fatores de risco e adotar estratégias de prevenção. Vamos enfrentar o Alzheimer de forma proativa e buscar um envelhecimento mais saudável juntos!
O que é a doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é um distúrbio neurológico que atinge a memória, o pensamento e até a capacidade de realizar tarefas simples. Com o tempo, ela se torna progressivamente debilitante, dificultando atividades do dia a dia e tornando-se a principal causa de demência em idosos.
O que muitos não sabem é que o Alzheimer pode começar a se desenvolver até 10 anos antes dos primeiros sintomas aparecerem. Isso acontece de forma gradual e, geralmente, se manifesta em pessoas acima de 65 anos. No entanto, pode ocorrer também precocemente, a partir dos 40 ou 50 anos.
É comum confundir os sinais iniciais com o envelhecimento natural, por isso, é tão importante ficar atento. Quanto mais cedo diagnosticado, melhores são as chances de um manejo eficaz.
Principais sintomas do Alzheimer
O Alzheimer pode se manifestar de diferentes maneiras, mas os sinais mais comuns incluem:
- Dificuldade para lembrar eventos recentes: esquecer conversas ou fatos que aconteceram há pouco tempo;
- Esquecimento rápido de informações: pedir repetidamente as mesmas informações;
- Desorientação no tempo e no espaço: confundir datas, horários ou até se perder em lugares familiares;
- Dificuldade na comunicação: esquecer nomes de objetos ou palavras simples e ter dificuldade em entender o que é dito;
- Perda da capacidade de realizar tarefas diárias: dificuldade em fazer atividades rotineiras e cuidar de si mesmo.
Possíveis causas
Embora a causa exata do Alzheimer ainda não seja completamente conhecida, há fortes indícios de que seja uma combinação de fatores:
- Alterações genéticas: mutações que afetam o cérebro e podem provocar inflamação;
- Acúmulo de proteínas no cérebro: proteínas, como amiloide e tau, se acumulam e levam à morte das células cerebrais;
- Baixos níveis de acetilcolina: esse neurotransmissor, essencial para a memória e aprendizado, tem seus níveis reduzidos no Alzheimer;
- Fatores ambientais: histórico de surdez, depressão e sedentarismo podem influenciar o risco;
- Infecção pelo vírus da herpes: principalmente em pessoas com o gene APOE4, a infecção pode aumentar as chances de desenvolver a doença.
Esses fatores, combinados com hábitos como falta de atividade física, tabagismo e doenças cardiovasculares, podem estar relacionados ao desenvolvimento do Alzheimer.
Como é feito o tratamento
Embora o Alzheimer ainda não tenha cura, o tratamento pode ajudar a aliviar os sintomas e retardar sua progressão. Medicamentos, como donepezila e galantamina, são utilizados frequentemente para ajudar nesse processo.
O apoio da família e o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar – composta por médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais – são fundamentais para proporcionar melhor qualidade de vida à pessoa com Alzheimer.
Esse suporte faz toda a diferença, garantindo que o paciente se sinta cuidado e valorizado em cada etapa da doença.
Fatores de risco para Alzheimer
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver Alzheimer. Os mais comuns incluem:
- Idade (o aumento da idade é o principal fator de risco);
- Genética;
- Traumatismo craniano;
- Depressão;
- Doenças cardiovasculares e cerebrovasculares;
- Pressão alta, colesterol elevado e diabetes;
- Fumar;
- Obesidade.
Como prevenir o Alzheimer?
Pesquisas mostram que adotar um estilo de vida saudável pode proteger seu cérebro do declínio cognitivo. Veja algumas estratégias que ajudam:
- Mantenha sua mente ativa: desafie seu cérebro com jogos, leitura, palavras cruzadas ou aprenda algo novo, como tocar um instrumento musical;
- Cuide do seu corpo: o exercício aumenta o fluxo sanguíneo e o oxigênio para o cérebro, beneficiando a saúde das células cerebrais. Use proteção para a cabeça em atividades que possam causar lesões;
- Conecte-se socialmente: participar de grupos e interagir com amigos e família é um ótimo estímulo mental;
- Alimente-se bem: siga a dieta mediterrânea ou a dieta DASH, que são ricas em antioxidantes. E não se esqueça: a moderação no consumo de bebidas alcoólicas é crucial.
Se você está preocupado com a memória ou com sinais de Alzheimer, estou aqui para ajudar! Vamos entender juntos os fatores de risco e trabalhar em estratégias para manter sua saúde cerebral em dia. Agende sua consulta comigo e comece agora a cuidar do seu futuro!
Dr. Mário Luiz Brusque
Geriatra e Clínico Geral
CRM-SP: 117208 | RQE: 30436 | 30435
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