A importância do exercício físico no combate ao Declínio Cognitivo
Postado em: 04/11/2024
Envelhecer com qualidade de vida é um desejo de muitos, especialmente quando se trata de preservar a saúde mental e cognitiva. Com o passar dos anos, o risco de Declínio Cognitivo aumenta, afetando a memória, o raciocínio e a capacidade de executar tarefas diárias.
Porém, uma ferramenta eficaz e acessível pode ajudar a retardar ou até prevenir esses efeitos: o exercício físico.
A prática regular de atividades físicas tem demonstrado benefícios significativos para a saúde do cérebro.
O exercício é capaz de promover não só a saúde do corpo, mas também fortalecer conexões neurais, contribuindo para uma mente mais ativa e funcional.
Abaixo, vou explicar como o exercício atua no combate ao declínio cognitivo. Continue a leitura para conferir!
Como o exercício físico combate o declínio cognitivo?
O exercício físico beneficia o cérebro de várias maneiras, favorecendo funções essenciais para o bem-estar e a autonomia dos idosos.
Algumas dessas funções são especialmente importantes para quem deseja prevenir o “Declínio Cognitivo“ e melhorar a qualidade de vida:
- Melhora do fluxo sanguíneo cerebral: ao se exercitar, o corpo aumenta a circulação sanguínea, incluindo para o cérebro, o que ajuda a fornecer oxigênio e nutrientes fundamentais para a saúde neuronal.
- Estimulação da neuroplasticidade: o exercício pode estimular a formação de novas conexões neurais e ajudar a reparar danos, um processo chamado neuroplasticidade, que é essencial para a memória e o aprendizado.
- Redução do estresse e da ansiedade: o exercício físico regular reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, ajudando a manter o equilíbrio emocional e evitar o desgaste cognitivo.
- Estimulação da liberação de endorfinas: as atividades físicas promovem a produção de endorfinas, que melhoram o humor e promovem bem-estar, essenciais para manter a motivação e a disposição mental.
Esses benefícios mostram como o exercício é uma ferramenta poderosa no combate ao declínio cognitivo.
No entanto, a escolha do tipo de atividade também é relevante.
A importância do treino de força para idosos
O treino de força é um componente fundamental para os idosos, não apenas pela capacidade de promover músculos e ossos fortes, mas também por seus efeitos positivos na cognição.
Essa modalidade envolve o uso de resistência, como pesos ou elásticos, para estimular o fortalecimento muscular e esquelético.
Em termos cognitivos, o treino de força pode oferecer benefícios adicionais que vão além do físico.
Essa prática envolve foco, memória e a capacidade de aprender movimentos novos, desafiando o cérebro a trabalhar em coordenação com o corpo.
Veja a seguir alguns dos principais motivos para os idosos considerarem o treino de força:
- Estímulo à concentração e coordenação: ao praticar exercícios de força, o idoso precisa se concentrar em sua postura e nos movimentos, o que exige atenção e aprimora a coordenação motora e cognitiva.
- Fortalecimento das conexões neurais: o ato de realizar repetições e aumentar gradualmente a carga dos exercícios promove a plasticidade neuronal, que é crucial para a memória.
- Prevenção de quedas: um corpo fortalecido aumenta a segurança nas atividades diárias, reduzindo o risco de quedas e lesões, o que contribui para a autonomia e autoconfiança.
Assim, o treino de força torna-se uma modalidade ideal para a terceira idade, atendendo não só à necessidade física, mas também aos aspectos mentais.
O uso de pesos, por exemplo, ou mesmo de exercícios funcionais com o próprio peso corporal, permite que os idosos desenvolvam músculos mais fortes e um cérebro mais resiliente.
Ao adotar uma rotina que inclua atividades de força, os idosos podem não apenas melhorar a condição física, mas também retardar o declínio cognitivo, tornando-se mais independentes e com maior capacidade para enfrentar os desafios da idade avançada.
Quais outras atividades físicas o idoso deve fazer?
É muito benéfico conciliar mais de uma modalidade de atividade física, dentro das possibilidades de cada pessoa.
Além do treino de força, por exemplo, o idoso pode considerar a prática de um exercício aeróbico de baixa intensidade, como caminhadas ou hidroginástica.
Isso ajuda a exercitar diferentes funções do corpo e do cérebro, sendo interessante também conversar com o seu geriatra para receber sugestões personalizadas de atividades que seriam positivas para o seu caso.
A prática de exercícios físicos configura-se como uma medida preventiva e de cuidado integral para o envelhecimento saudável e ativo, com benefícios que vão muito além da prevenção do declínio cognitivo.
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Mário Luiz Brusque
Geriatra e Clínico Geral
CRM 117208 – SP | RQE 30436 | 30435
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